A negação dos atos hegemônicos do amor revela, na verdade, a crença absoluta no amor, como uma ideia absoluta, que existe a despeitos dos atos e do entendimento, uma ideia transcendental.
A negação dos atos revela a negação de sua existência história e espacial, a negação da existência física da ideia e de sua verdade possível. No sentido que a existência transcendental da ideia é uma verdade impossível, para a qual o ato é uma imagem, uma interpretação ou uma encenação da ideia. O ato, em sua existência física, pode também ser mimetizado, a despeito da ideia/sentimento que o deveria animar, num movimento que em que a encenação passa a ser só a sua reprodução alienada. De modo que, o ato não é a prova derradeira da ideia, ainda que tomada em sua materialidade seja sua única prova possível.
Trata-se, então, da recusa da prova. Do salto de fé.
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