As questões de segurança na USP não se resolvem com o aumento do efetivo policial. A guarda universitária é absolutamente adequada às necessidades do patrulhamento, só que é mal treinada e mal preparada para a tarefa, mas não mais que a PM. Um dos problemas crônicos é a falta de iluminação em diversos pontos da USP, problema amplamente relatado pela comunidade universitária e ignorado pela reitoria e pelo governo. O patrulhamento ostensivo da PM na USP é um factoide do governo, visando exclusivamente dividendos eleitorais. De todo modo, sem levar em questão a discussão sobre o combate ao proibicionismo, à criminalização do consumo de drogas, a abordagem da PM é completamente desproporcional ao ocorrido. Repressão ao consumidores é comportamento arcaico é recriminado por todos que discutem a questão das drogas. A PM revelou total despreparo, se não houvessem outros motivos bastaria esse para sermos contra. Reagem desproporcionalmente e revelam o propósito exclusivamente intimidador da ação. Os PMs em ação deveriam ser os únicos conduzidos à cadeia, a tentativa de prender os jovens flagrados em consumo fere todo o ordenamento jurídico que envolve a questão das drogas no país. Poderiam no máximo conduzir os jovens à delegacia para o registro do caso, sendo que até mesmo isso está em desuso. Registro que não sou contra a PM, tem um importante papel na garantia dos direitos das cidadãs e cidadãos. Contudo, na USP se portam como uma milicia a serviço da reitoria, com o propósito, exclusivo, de intimidar a comunidade universitária, não só a revelia de direitos garantidos como em oposição a eles.
Agem assim não só na USP mas na cidade inteira. O uso de drogas não está liberado em nenhum ponto do país, nem dentro do campus e essa é OUTRA discussão. Mas então não é melhor treinar um efetivo para atuar DIREITO dentro do campus ao invés de excluir a PM? Como o próprio autor falou, eles devem garantir direitos dos cidadãos e pagamos impostos para que façam isso.
ResponderExcluirNão é um BAITA EGOÍSMO deixar todas as colegas MAIS expostas a estupros no campus, em troca de os usuários terem que adotar no campus o mesmo comportamento que JÁ VALE PARA A CIDADE INTEIRA, PAÍS INTEIRO (no mínimo NÃO usar NA FRENTE da PM enquanto não for descriminalizado)???
O que vale mais, o usuário não ser perturbado pelos PMs "repressores a serviço do governo e blablablablabla", ou a segurança, integridade física e a vida dos colegas, sobretudo as mulheres (expostas também a estupros), os dos cursos noturnos e os menos abastados que DEPENDEM DE FICAR UM TEMPÃO ESPERANDO ÔNIBUS?
Será que os direitos desses cidadãos à segurança valem MENOS que os dos usuários de drogas a não ser tratados pela PM da MESMA MANEIRA QUE JÁ SÃO TRATADOS FORA DO CAMPUS?
Por favor não olhem só para seus próprios umbigos... Falo como ex-aluna do período noturno e que passava MEDO na volta pra casa, do outro lado da cidade e sem carrão dado pelo papai.
É fácil querer dispensar a PM quando sua condição sócio-econômica, como o simples fato de sua família poder te dar um carro ou não ser obrigada a estudar à noite para trabalhar de dia, te livra da exposição ao mundo real fora da "bolha" e diminui sua dependência da segurança pública. Mais uma vez, se colocam numa posição elitista que traz a antipatia do público geral, trazendo o perigo de ideias absurdas de privatização do ensino (sou CONTRA!!!!!!).
A PM não resolve o problema do estupro no campus. Em toda a sociedade, policiais estão despreparados para se relacionar com essa questão e pretar serviço às vitimas. Na maioria dos casos, inclusive, culpa a vitima pelo ocorrido ou inibe a vitima de registrar o fato. Além disso, a reitoria, para evitar tais casos, deveria investir em iluminação nas calçadas e manutenção no campus. E além disso, promover a maior circulação de pessoas no campus, medida mais eficiente na prevenção. Ao inves de estar patrulhando a rua do matão, por exemplo, a PM está na USP vigilando CAs ou blocos didáticos. A PM não está trazendo mais segurança pra mim, demais mulheres e demais membros da comunidade universitária!
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