As cenas vão aparecendo dissociadas entre si, mas associadas aos sentimentos que conduzem o protagonista pelo sertão nordestino.
Na falta de um sentido comum entre um sequencia e outra parece residir um convite a busca de um sentido mais subjetivo que reside em cada imagem. Aqui se tenta emular os sentimentos do protagonista pelo potencial de cada cena, somos levados do desespero à superação, juntos, por imagens que tentam nos remeter ao que passa o personagem.
A dissociação entre as sequencias me parece reforçar esse sentido. Cada imagem tem uma vitalidade única e comum, porque produz impressões diversas em que as assiste, mas dentro de um mesmo escopo de sentimentos, compartilhados com o protagonista.
Por tudo isso é um filme profundamente apoiado na imagem, na beleza delas e no potencial subjetivo e belo de cada uma. Em certo sentido, por isso, me parece próximo a Avatar, nesta devoção a imagem, muito profunda em ambas as obras.
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