Diante das denuncias de corrupção uma ala do petismo segue desautorizando os ímpetos éticos da imprensa burguesa e da oposição de direita. É manobra diversionista, dedica ao interesse de desqualificar o interlocutor na impossibilidade de desqualificar a interlocução. Contudo, há de se dizer que neste caso os interlocutores se prestam à desqualificação. Com os bandidos aninhados no governo compartilham dos meios e dos fins que ora criticam. Agora, que se dê mais importância ao demérito de quem diz do que ao mérito do que é dito é fruto do oportunismo, tão e só somente.
Erenice Guerra, Palocci, o PR e o PMDB estiveram e estão no governo, fazendo o que fazem, não a revelia ou contra os interesses do governo e do PT, são a própria encarnação deste interesse. Que se interpretem estes casos como acidente ou contingência é caso de ilusão ou oportunismo. Palocci e o PMDB, sobretudo, representam o próprio poder hoje, são os símbolos da hegemonia conservadora e patrimonialista brasileira, com o PT à testa.
A mídia burguesa e a deliquência política da oposição de direita são problemas que se somam aos casos de corrupção emanados do planalto e não os absolvem ou relativizam.
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