A Tropa de Choque da Polícia Militar, o governador Geraldo Alckimin e o reitor João Grandino Rodas colocaram o debate sobre os recentes acontecimentos na USP nos termos corretos, a Polícia Militar do Estado de São Paulo é a mais adequada a resolver as disputas políticas no interior da Universidade de São Paulo?
Por evidente, há distensões sobre os mais diversos temas na USP, sobre o convênio assinado entre a Polícia Militar e a Universidade, sobre a descriminalização do consumo de drogas ou sobre se os estudantes devem ou não ocupar a reitoria da USP. Contudo, apenas ao governador e ao reitor é dada a prerrogativa de resolver estes debates pela força das armas ao invés da dos argumentos.
Quando a divergência vira crime e quando a opinião vira delito? Arrisco dizer que Alckmin e Rodas diriam que é quando a divergência e a opinião os desafiam.
Não se trata, ou ao menos não se trata mais, de opinar a respeito dos importantes debates que tomaram o cotidiano da comunidade universitária nas últimas semanas, mas de negar a legitimidade da Polícia Militar resolver toda ou qualquer divergência que ocorra na USP.
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