Chacal mostra um frescor e uma urgência que fazem falta em ao menos 70% dos filmes produzidos hoje. Cortes rápidos e cenas essenciais, não mais que isso, o que, de todo modo, basta. As cenas se justificam, necessidade, imperiosa, a qual nenhum filme parece mais se submeter.
Lembra-me Godard. Aparentemente, tudo que gosto lembra-me Godard. Um filme apenas das melhores partes. Mas me lembra também Cidadão Kane. As coisas se resolvem na imagem, é pra se assistir com os olhos, o que, de certo, parece óbvio, mas há diretores que levam metade do filme pra resolver o que de outra forma poderia ter sido resolvido numa cena.
É certo que há cenas que exigem maturação, para as quais um plano seqüente deve proporcionar um momento de reflexão. Carlos, o Chacal, não parece ter tempo pra isso, para refletir, de modo que ao diretor não parece justo dar esse privilégio a quem assiste.
Assisti apenas o primeiro episódio, de três. Difícil acreditar que, eventualmente, pode piorar. Arrisco, então, e recomendo a série toda.
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